Uma família

marcada pela vulnerabilidade

Uma filha quer ser médica e a outra enfermeira. Carreiras notadamente reconhecidas pela atenção e cuidado ao próximo. A escolha por essas profissões reflete o acolhimento promovido pela Aldeias Infantis SOS às filhas adolescentes de Angélica de Souza (45) moradora da comunidade Curumau, na região de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. 


O sonho de um futuro dedicado à Saúde bate de frente em um problema Social que vem crescendo em todo o Brasil: a pobreza e o risco de insegurança alimentar. Sem um trabalho formal, Angélica é uma mulher que representa as dificuldades daqueles que convivem com as incertezas de não ter condições de garantir alimento em casa. Ela compartilha esse medo com as duas filhas e as duas netas: Emilly (3) e Ana (1).  


Não é sempre que tem comida em casa. O namorado de Gabrielly (18), a filha mais velha, ajuda, mas não é o suficiente. Por isso, ela reconhece a ajuda da Aldeias Infantis SOS com a entrega de doações, que ajudam a reduzir o risco de insegurança alimentar, principalmente entre as netas. 


A pequena casa, de apenas três cômodos, tem um deles ainda chamuscado pelas marcas do fogo que quase colocou tudo a perder. Sem dinheiro para comprar gás, Camilly (16), filha caçula, que estava cuidando da sobrinha de apenas 1 ano, tentou cozinhar utilizando álcool e o resultado foi desastroso. As chamas consumiram o velho fogão, panelas, os poucos mantimentos e utensílios que possuíam e queimou as paredes do pequeno espaço adaptado como cozinha. Por sorte, ninguém se feriu. 


Apesar das dificuldades, Angélica reconhece que há pessoas em situações mais delicadas. “Bem ou mal eu tenho um cantinho para morar, mas há muitas pessoas morando nas ruas, sem ter o que comer ou alimentar os filhos. Por isso agradeço a Deus pelo o que a Aldeias Infantis SOS proporciona para nós”. 


Por meio da ação do Núcleo SOS de Apoio às Famílias, Angélica ingressou no programa de transferência de renda do Governo Federal. Além disso, ela e Camilly voltaram a estudar e fazem isso juntas, aumentando os laços de família entre mãe e filha. Outra conquista fruto da orientação da Aldeias Infantis SOS foi a matrícula da pequena Emilly na rede de ensino e de Gabrielly no curso de capacitação. 


Após receber toda a orientação para retirar os documentos (RG, CPF, título de eleitor e carteira de trabalho), Camilly teve o currículo elaborado e agora está em processo seletivo em algumas oportunidades de emprego, aumentando a expectativa para que a família tenha mais uma fonte de renda.  


Sempre que possível, a Aldeias Infantis SOS oferece à família doações de alimentos não-perecíveis e roupas, amenizando os impactos da ausência de dinheiro. 

A Aldeias Infantis SOS Brasil lidera o maior movimento de cuidado infantil no mundo para que nenhuma criança cresça sozinha. Como organização global, cuidamos de crianças, fortalecemos famílias vulneráveis, apoiamos situações de emergência e advogamos pelo direito de viver em família em 137 países